Rosácea: Causas, Sintomas eTratamentos
A origem da rosácea ainda não é conhecida. Há uma predisposição individual, sendo mais comum em pessoas com fototipos mais baixos, ou seja, pessoas de pele e olhos claros. Hoje, considera-se importante a participação de um ácaro da flora normal da pele chamado de Demodex folliculorum e da bactéria Bacillus oleronius, no desenvolvimento da rosácea.
Demodex
brevis é um tipo de ácaro que vive nas glândulas sebáceas dos folículos
capilares humanos. Está intimamente relacionado a Demodex folliculorum,
outro tipo de ácaro que ocorre naturalmente na pele humana.
A National
Rosacea Foundation estima que os pacientes com rosácea têm até 18 vezes mais
ácaros Demodex do que os pacientes sem rosácea.
A rosácea é
uma doença vascular inflamatória crônica, com remissões e exarcebações, também
chamada erroneamente de “acne rosácea”, pois a acne é uma doença da glândula
sebácea, totalmente diferente da rosácea, seja pela a causa ou idade, ou pelos
aspectos clínicos e as características no geral. A rosácea ocorre principalmente
em adultos entre 30 e 50 anos de idade. É mais frequente em mulheres, porém
atinge muitos homens e, neles, o quadro tende a ser mais grave, evoluindo
continuamente com rinofima (aumento gradual do nariz por espessamento e
dilatação folículos). Raramente ocorre em negros.
Quanto aos
possíveis gatilhos da rosácea podemos destacar a exposição solar, estresse,
calor, atividade física, ingesta alcoólica, banhos quentes, frio e alimentos
picantes, por exemplo.
Existem
quatro tipos clássicos de rosácea:
1) Eritemato-telangectasica
2) Papulopustuloso
3) Fimatoso (Rinofima)
4) Ocular, que pode acompanhar qualquer
um dos outros e vir sozinho também.
SINAIS E
SINTOMAS TÍPICOS:
Flushing
facial – períodos de sensação abrupta de vermelhidão e calor na pele como se
fosse um surto de vasodilatação.
Telangiectasias
– dilatação de pequenos vasos permanentes.
Persistente
eritema facial. Possível edema facial
Pápulo-pustulosas
- podem ocorrer nódulos; as pápulas podem, eventualmente, quando numerosas,
formar placas granulomatosas (rosácea lupoide);
Rinofima –
espessamento irregular e lobulado da pele do nariz, dilatação folicular,
levando ao aumento e deformação do nariz. Esses espessamentos podem ocorrer em
outras áreas além do nariz, como na região frontal, malares (maçãs do rosto) e
pavilhões auriculares.
Alterações
oculares - ocorrem em 50% dos casos (irritação, ressecamento, blefarite,
conjuntivite e ceratite).
O
tratamento se inicia com sabonetes adequados; protetor solar com elevada
proteção contra UVA e UVB e uso de antimicrobianos tópicos (metronidazol) e
antiparasitários (ivermectina). Depois dessa fase, pode ser preciso o uso de
derivados de tetraciclina orais. Em casos persistentes e recidivantes, utiliza-se
a isotretinoina oral em dose baixa.
Existe um novo tratamento tópico para o eritema não persistente,
periódico, que vem em surtos (flushing). O laser ou a luz pulsada são
excelentes para tratamento das telangiectasias. Para o rinofima, a abordagem
pode ser cirurgia, radiofrequência, dermoabrasão ou laser. O médico
dermatologista avalia o grau, a fase e a pessoa como um todo para indicar o
melhor tratamento.
Comentários
Postar um comentário