Por que existem diferentes tons de pele?





A pigmentação da pele ocorre pela síntese de melanina pelos melanócitos e transferência do pigmento para os queratinócitos.

Primeiramente, quando exposta à radiação UV, o gene da proteína p53, que se encontra no núcleo do queratinócito é ativado, estimulando a produção de melanina, para que o DNA seja protegido de possíveis danos devido à radiação.

E para a melanina se formar é necessária a oxidação da Tirosina.

As principais enzimas envolvidas no processo de pigmentação:

TIROSINA: Entra no Melanossoma e é oxidada pela TIROSINASE I e transformada em L DOPA.
A L DOPA é oxidada pela TIROSINASE II, que transforma o composto em DOPA QUINONA, que pode seguir duas vias:
1) A DOPA QUINONA irá se transformar em DOPA CISTEÍNA, que dará origem a FEOMELANINA, pigmento mais claro.
2) OU A DOPA QUINONA se transforma em DOPA CROMO, produzindo a EUMELANINA, de cor mais escura.

A presença ou ausência de cisteína determina o rumo da reação para síntese de eumelanina ou feomelanina.

Assim, na ausência de cisteína (glutationa), a dopa quinona é convertida em ciclodopa (leucodopacromo) e esta em dopa cromo.

A proporção entre a concentração da Eumelanina e Feomelanina produzidas, será responsável por estabelecer os fototipos dos indivíduos.

Os Melanossomas são organelas altamente especializadas, onde ocorre síntese e deposição de melanina e armazenamento de tirosinase sintetizada pelos ribossomos, e representam a sede dos fenômenos bioquímicos que originam a melanina. Melanina essa que será transferida para os queratinócitos, dando origem aos diferentes tons de pele.

Todo processo é regulado pelo hormônio melanócito- estimulante (MSH), que é produzido pela hipófise. Quando a pele é exposta ao sol, haverá a ativação de receptores que estimularão a hipófise a liberar o hormônio MSH, que irá se conectar a um receptor no melanócito, dando origem ao início da produção de melanina.

Mas sempre que a pele sofre uma agressão, e dependendo do grau dessa agressão, poderemos verificar uma hiperpigmentação, conhecida como “hiperpigmentação pós inflamatória (HPI). Isso poderá ocorrer em procedimentos estéticos executados de forma inadequada, ou que não levem em conta o fototipo de um cliente, onde a agressão sofrida e o processo inflamatório seja intenso e acabe estimulando a produção de melanina e formação de manchas.

É muito importante também o uso de ativos condizentes com a proposta terapêutica e que o procedimento seja realizado por profissionais habilitados.

Hoje em dia é impressionante o número de vídeos disponibilizados por leigos, que adquirem aparelhos, cosméticos contendo ativos que deveriam ser manipulados com muita cautela, ou fazem uso de técnicas que podem sim, causar mais danos que benefícios à pele, quando mal executados!

Outro fator é a orientação home care, que pode significar o sucesso ou o fracasso de todo o processo!

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